Não somos adeptas ferranhas de futebol. Não nos sentamos 90 minutos, em frente à tv, a ver um jogo, nem perdemos horas a discutir jogadas e a arbitragem. Mas, a verdade é que gostamos do nosso país (muito embora,ultimamente, nos tenha chutado para um cante ). E, como adeptas de Portugal, gostamos de ver a Seleção ganhar. Gostamos, porque o jogo não se resume apenas a 90 minutos vividos dentro das 4 linhas. Mas, sobretudo, gostamos pela emoção, pela união, pela alegria, pelo ser português, pelo cantar de peito cheio um hino que nos orgulha.
Hoje, decidimos escrever sobre futebol, sobre a seleção. Daqui a uma hora, os nossos jogadores entram em campo. Vão com a consciência pesada e com o peso da responsabilidade, mas acreditamos, acima de tudo, que vão com a ambição de querer ganhar, de querer mostrar que o desaire com a Alemanha foi apenas isso, um infortúnio. Não estamos a desculpar a equipa. Não! Jogamos mal, não estivemos no nosso melhor. A sorte não esteve no nosso lado e a arbitragem, justa ou não, favoreceu os outros. Sim, porque, não querendo subestimar, a Alemanha é apenas uma equipa, uma outra equipa. Eles tinham obrigação de ter feito melhor e não ver no Ronaldo o pote de ouro que muitos jugam que é. Ele é apenas um e, muito embora seja o melhor, joga com mais 10. 10 esses que têm o dever de se esforçar, de correr, de suar, de marcar.
Foi muito triste aquilo a que assistimos depois do último jogo. Os portugueses não sabem perder. Não sabem aceitar a derrota e erguer-se. Desculpam-se com a arbitragem, queixam-se do mau desempenho dos jogadores, criticam as opções do treinador e nada mais fazem. (E as redes sociais aqui são poderosíssimas. É post atrás de post, com palavras frias, descabidas, textos enormes de frustração e um desamor que há 90 minutos não se sentia). Nestas horas, e apesar da desilusão, o apoio é fundamental. Só os fracos viram as costas.
Para hoje, queremos uma vitória. Queremos uma vitória merecida. Queremos garra, ambição. Queremos que nos deixem orgulhosos. Queremos aplaudi-los de pé. Queremos que a pequenez que assistimos depois do último jogo não se repita, mesmo que o resultado não seja o melhor.
À equipa, desejamos o melhor. Aos adeptos, pedimos que sejam justos e nos convençam que, com os 11 que entram em campo, somos os melhores!